Quando um fenómeno disruptivo abala a ordem social, seja ele de origem natural ou humana, e o sistema não tem capacidade para o resolver de forma autónoma, encontramo-nos perante um cenário de crise, tipicamente gerador de estados de turbulência, instabilidade e imprevisibilidade. Em zonas densamente povoadas, nomeadamente nas cidades, o impacto de uma crise torna-se proporcionalmente avassalador, com os seus efeitos a fazerem-se sentir na população sob a forma de ansiedade, medo e irracionalidade.
Em consequência, os efeitos de destruição e degradação propagam-se aos sistemas, sejam eles políticos, sociais, económicos ou mesmo de segurança, num fluxo contínuo inerente à própria evolução da crise. Instala-se o caos urbano. Proliferam os comportamentos subversivos - mais como produtos da evolução da crise do que como a sua causa - e, a par deles, emergem questões que requerem resposta igualmente pronta.
Como se deverá intervir?
Quem deverá assumir a gestão da crise, travando ou minimizando os efeitos de caos?
Poderá este papel adotar simultaneamente uma vertente preventiva e outra prospetiva?
Partindo de um modelo teórico de evolução da crise, e através da sua aplicação na análise exaustiva de diversos exemplos de crise contemporâneos, este livro apresenta o Estado como a entidade acertada para assumir essa responsabilidade. Ao adotar uma posição preponderante na gestão de crise e caos urbano baseada em estratégias de intervenção delineadas a priori, o Estado deverá ter a capacidade para controlar o impacto destes fenómenos na sociedade, utilizando-os em seu proveito como catalisadores na promoção da coesão social e na manutenção do status quo.
Este livro traz-nos uma nova perspetiva sobre modelos prospetivos que, tornando-se ferramentas ao serviço das Ciências Sociais, lhes conferem maior utilidade na sociedade.
Com Prefácio do General Pinto Ramalho
Ao longo do livro são abordados, os seguintes temas:
·Considerações sobre a Teoria do Caos Urbano;
·A Crise;
·Breve Reflexão sobre o Caos;
·O Modelo Teórico do Desenvolvimento da Crise;
·Casos de Estudo - Análise do Modelo em Crises no Século XXI;
·Violência Urbana (Tópicos para a Construção de um Early Warning System);
·Políticas de Segurança - Desafios e Rumos;
·O Paradigma Securitário versus a Investigação Criminal no Estado de Direito Democrático;
·Educação, Coesão Social e Segurança Pública - O Impacto na Crise e no Caos.
Público-Alvo
·Estudantes do Ensino Superior;
·Estudantes dos institutos de Altos Estudos Militares.
Pré-visualização
Autores
António de Sousa Lara (Coordenador)
Professor Catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).
Carlos Carreira (Coautoria)
Mestre pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP); Doutorando no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP); Tenente-Coronel da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Heitor Barras Romana (Coautoria)
Professor Associado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).
José Antunes Fernandes (Coautoria)
Doutor pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP); Investigador do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP); Subintendente da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Pedro Clemente (Coautoria)
Doutor pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP); Investigador do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP); Superintendente da PSP.
Pedro Ferreira da Silva (Coautoria)
Major de Artilharia do Exército Português; Docente da Área de Ensino de Estratégia do Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM); Doutor pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP); Docente convidado do ISCSP e no ISLA; Investigador Integrado do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP), do CINAMIL e do Observatório Político.
Rogério Jóia (Coautoria)
Mestre, Doutorando no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP); Docente convidado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP); Investigador do Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP); Inspetor da Polícia Judiciária.
Teresa de Almeida e Silva (Coautoria)
Professora Auxiliar do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).